ELEMENTOS DA PESQUISA

Tema: Nível de satisfação dos usuários do sistema público de saúde em relação a humanização dos profissionais em Imperatriz-Ma.

Problemas de pesquisa:  Nascido em 1988, o Sistema Único de Saúde (SUS) foi gradualmente se transformando em símbolo de ineficiência, atraso e mau atendimento. Seus baixos níveis de qualidade impulsionaram a criação de diversos planos governamentais de humanização, sobretudo a partir dos anos 200. Entra aí o Programa Nacional de Humanização de Assistência Hospitalar (PNHAH), do ministério da saúde, que foi substituído pela política Nacional de Humanização (HumanizaSUS) em 2003, com o intuito de sanar os problemas de mal atendimento e incentivar empatia dentro dos hospitais. 

Hipóteses: Quais os problemas enfrentados pela população dentro dos hospitais, UBS e UPA, relacionados ao atendimento. Superlotação como resultado de uma má administração do ambiente hospitalar. Mau atendimento relacionado à falta de capacitação de profissionais.

Justificativa:  Tratar sobre os problemas frequentes enfrentados pela população dentro dos estabelecimentos de saúde.

Objetivos: Aprimoramento dos processos seletivos referente aos gestores das unidades, com critérios básicos de admissão, como possuir curso superior em administração especializada em saúde da família e gestão hospitalar. Cursos de humanização na parte de urgência e emergência, para todos os profissionais que atuarem nessa área, com o objetivo de melhoria no atendimento. 

Referencial teórico: Artigo sobreSuperlotação das urgências e estratégias de gestão de crise. 

Metodologia: Pesquisa de campo.

Cronograma: 14/07/2019 – apresentação

Resenha

A humanização no ambiente hospitalar abrange vários profissionais e usuários e é uma qualidade necessária para um bom funcionamento do serviço e satisfação do paciente. Pesquisas feitas entre o período de outubro de 2010 e maio de 2011 mostraram que cada profissional pode ter um visão diferente de como funciona a humanização, baseado na situação de risco em que o paciente se encontra, podendo alterar os direitos garantidos aos usuários e, consequentemente, a relação entre eles e o agente de saúde.

Esse termo também engloba valores éticos voltados ao respeito com o outro. Diversas discussões levaram à criação de políticas públicas de humanização dos serviços de saúde que devem estar presentes não apenas nos hospitais, mas em todos os níveis de atenção à saúde. A expressão “humanização” vem sendo comumente usada no sentido de atender às necessidades do paciente que se encontra debilitado e precisa ser assistido em todas as suas necessidades, é possível notar que para realizar um bom trabalho e interação atendendo essas necessidades do paciente é imprescindível que haja comunicação no processo de cuidados.

A Política Nacional de Humanização (PNH) prevê uma melhora nos serviços de saúde por meio da valorização das relações entre as pessoas que participam desse processo. A psicologia auxilia nas análises sobre a humanização na Saúde Pública. Com respaldo em análises percebe-se então que para promover a humanização é preciso, além de ampliar a comunicação, conhecer as necessidades locais e promover locais para discussão. Quando não se considera os aspectos subjetivos e singulares de cada indivíduo, a Saúde Pública acaba por produzir pacientes temerosos e fragmentados, inseguros.

É perceptível que um trabalho realizado em ambientes com maiores tecnologias (ou de alta densidade tecnológica) é mais prático e até mesmo eficaz, entretanto, se não houver cautela, este pode ser um fator para a insatisfação da vítima no contato interpessoal com o profissional; confia-se, até mesmo involuntariamente, na suficiência de tais métodos, que não podem substituir o contato direto e respeitoso, como abordaram pesquisas feitas nas bases Lilacs e Pubmed – acolhimento e vínculo são indispensáveis para a obtenção de bons e duradouros resultados.

De fato, a dimensão dos profissionais no que se refere à humanização tem diferentes e variados significados e sentidos, que possibilitando a obtenção de categorias empíricas e bases mais concretas: a alteridade, direitos e autonomia dos usuários, informação e avaliação de risco. Situações cotidianas vivenciadas nas Unidades AMA influenciam as percepções sobre humanização e moldam a preservação das relações estabelecidas entre os usuários e profissionais.

Percepção de médicos e enfermeiros de unidades de assistência médica ambulatorial sobre humanização nos serviços de saúde

O conceito de humanização é amplo e abrange um conjunto de conhecimentos, práticas, atitudes e relações. Envolve a efetiva participação de profissionais, gestores, usuários e movimentos sociais para que as experiências compartilhadas possam proporcionar melhorias na qualidade do atendimento de saúde. O objetivo deste estudo foi analisar a percepção de médicos e enfermeiros de unidades de assistência médica ambulatorial (AMA) sobre humanização nos serviços de saúde. Trata-se de pesquisa qualitativa, de corte transversal, realizada mediante entrevistas semiestruturadas, de outubro de 2010 a maio de 2011, e o critério de representatividade da amostra para o encerramento da coleta de dados foi a saturação do discurso. Constatou-se que a percepção dos profissionais sobre humanização tem distintos sentidos e significados variados, possibilitando a construção de categorias empíricas: a preocupação com o outro – alteridade, direitos dos usuários, informação e autonomia dos usuários e avaliação de risco. Situações comuns e particulares vivenciadas no cotidiano das unidades AMA, como o contato direto com problemas de saúde que envolvem maiores riscos aos usuários, parecem influenciar a percepção dos profissionais sobre humanização, podendo afetar a preservação dos direitos e as relações estabelecidas entre os profissionais e os usuários.

Palavras-Chave: Ética Institucional; Autonomia; Humanização à Saúde

referência:
SEOANE, Antonio Fererira; FORTES, Paulo Antonio de Carvalho. Percepção de médicos e enfermeiros de unidades de assistência médica ambulatorial sobre humanização nos serviços de saúde1. Saúde e Sociedade, [s.l.], v. 23, n. 4, p.1408-1416, dez. 2014. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0104-12902014000400023.

Aluna: Laryssa Rosa Sousa

Ética, direitos dos usuários e políticas de humanização da atenção à saúde

O artigo trata da evolução das políticas públicas de humanização dos serviços de saúde no Brasil. No campo da atenção em saúde, o termo humanização tem sido utilizado com diferentes significados e entendimentos, relacionando-o com os direitos dos pacientes e a ética voltada ao respeito ao outro. A partir dos anos 90, a humanização da atenção à saúde vem sendo tratada como política pública, iniciando-se no ambiente hospitalar, e , atualmente, sendo dirigida para todos os níveis de atenção de saúde.

Palavras-chave: Ética; Direitos dos usuários; Humanização em saúde

referência:
FORTES, Paulo Antonio de Carvalho. Ética, direitos dos usuários e políticas de humanização da atenção à saúde. Saúde e Sociedade, [s.l.], v. 13, n. 3, p.30-35, dez. 2004. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0104-12902004000300004.

Aluna: Isabelly Fernandes Dutra

Comunicação como instrumento básico no cuidar humanizado em enfermagem ao paciente hospitalizado

A humanização é uma expressão que vem sendo comumente usada no sentido de associação dos recursos tecnológicos ao reconhecimento da individualidade do paciente, compreendido como ser integral e ao mesmo tempo singular em suas necessidades. Considerando que a humanização do cuidado em enfermagem vem sendo bastante enfatizada nas instituições de saúde e que a comunicação permite à equipe compreender as necessidades do paciente vulnerabilizado pela doença e hospitalização, surge a necessidade de refletir a respeito da relevância da comunicação no processo do cuidar humanizado em enfermagem. Sob esse prisma, o presente estudo, de natureza bibliográfica, teve por objetivo destacar a comunicação como instrumento básico no processo do cuidar humanizado em enfermagem ao paciente hospitalizado. A partir desta pesquisa os autores ressaltam a valoração do processo de comunicação como componente básico na humanização do cuidado em enfermagem.

Descritores: Humanização da assistência hospitalar; Enfermagem/organização & administração; Comunicação.

referência:
MORAIS, Gilvânia Smith da Nóbrega et al. Comunicação como instrumento básico no cuidar humanizado em enfermagem ao paciente hospitalizado. Acta Paulista de Enfermagem, [s.l.], v. 22, n. 3, p.323-327, jun. 2009. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0103-21002009000300014.

aluna: Isabella Rodrigues da Silva Batista Lima

Programa Articuladores da Atenção Básica: construindo humanização através do diálogo

A Política Nacional de Humanização (PNH) preconiza o aprimoramento da prestação dos serviços de saúde através da valorização dos sujeitos implicados nesse processo e suas formas de interação. A Psicologia tem sido um importante referencial de reflexões e análises sobre a humanização no campo da Saúde Pública. O objetivo deste artigo é analisar uma das atividades técnicas dos articuladores da Atenção Básica, profissionais de um novo programa de São Paulo, a partir dos preceitos estabelecidos pela PNH e de sua interface com os estudos da Psicologia Social. Para isso, foram entrevistados individualmente 13 articuladores da Atenção Básica. A análise é qualitativa, com respaldo teórico nas contribuições do movimento construcionista social. Como resultados, são apresentadas três implicações da atuação dos articuladores e que possibilitam a promoção da humanização: ampliação da comunicação intra e intergrupos; escuta das necessidades locais e promoção de espaços para discussão.

Palavras-chave: Atenção Básica; administração de saúde; humanização do cuidado; comunicação.

referência:
DORICCI, Giovanna Cabral; GUANAES-LORENZI, Carla; PEREIRA, Maria José Bistafa. Programa Articuladores da Atenção Básica: construindo humanização através do diálogo. Physis: Revista de Saúde Coletiva, [s.l.], v. 26, n. 4, p.1271-1292, out. 2016. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0103-73312016000400011.


aluna: Anna Luiza Freitas

A humanização na saúde como instância libertadora

O texto discute a política de Humanização em Saúde do ponto de vista da lógica que a sustenta, em particular como uma ação da singularidade dos atores implicados no processo de produção da Saúde. A análise desenvolvida aponta para o fato de que as práticas de atenção à saúde, quando de acordo com os cânones da lógica utilitária, refletem não apenas uma ordem autoritária, como produzem sujeitos cerceados, fragmentados e incapazes. A humanização em Saúde é considerada uma possibilidade política de se alterar essa lógica e de instaurar, no interior das instituições, espaços de liberdade capazes de acolher, amparar, sustentar e dar significado à presença e às ações de profissionais de saúde, gestores e pacientes, ao considerar suas dimensões subjetivas e singulares.

Palavras-chaves: Humanização em saúde; Subjetividade; Saúde Mental.

Referências:

REIS, Alberto Olavo Advincula et al. A humanização na saúde como instância libertadora. Saúde e Sociedade, [s.l.], v. 13, n. 3, p.36-43, dez. 2004. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0104-12902004000300005.

Discente: Vinícius Silva de Araújo

Densidade tecnológica e o cuidado humanizado em enfermagem: a realidade de dois serviços de saúde

Este estudo procura discutir acerca dos ambientes com alta densidade tecnológica – que apresentam grande concentração de equipamentos e instrumentais médico-hospitalares (tecnologias duras), que trazem consigo os desafios ligados à qualificação, modernização e à necessidade de refletir sobre as modificações que possam ocorrer para o cuidado de enfermagem, de forma a responder à seguinte questão: como se configura o cuidado de enfermagem, tendo em vista a perspectiva da humanização em saúde, em instituições com realidades distintas em termos de densidade tecnológica? A partir desta questão, o estudo teve como objetivo comparar percepções e práticas do cuidado de enfermagem, sob a perspectiva da humanização em saúde, em dois serviços hospitalares que se distinguem por apresentar, respectivamente a seguinte configuração: baixa e alta densidade tecnológica. A coleta de dados foi realizada através de entrevista semiestruturada e observação direta. Os dados foram analisados e distribuídos em três categorias: percepções de enfermagem acerca do cuidado humanizado; práticas do cuidado e humanização da assistência e fatores que limitam ou que favorecem o cuidado humanizado de enfermagem. Pôde-se perceber que não é a tecnologia por si só que desumaniza o cuidado, mas principalmente como esta opera nos contextos, institucionais e gerenciais.

Palavras-chave:
avaliação de tecnologias em saúde; densidade tecnológica; humanização da assistência; cuidado de enfermagem

Referência:
LIMA, AdeÂnio Almeida; JESUS, Daniele Santos de; SILVA, Tainara Leal. Densidade tecnológica e o cuidado humanizado em enfermagem: a realidade de dois serviços de saúde. Scielo, São Paulo, v. 1, n. 1, p.1-3, 20 dez. 2018. Disponível em: <https://scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312018000300615&lang=pt&gt;. Acesso em: 26 abr. 2019.

Aluna: Larissa Silva de Souza

Trabalho, Educação e Saúde

Apresenta-se uma revisão integrativa sobre estudos que abordam as relações entre profissionais de saúde e usuários durante as práticas em saúde. Objetivou-se identificar os aspectos pesquisados no cotidiano dos serviços acerca dessas relações. A coleta foi realizada nas bases Lilacs e Pubmed segundo os descritores: acolhimento; relações profissional-família; relações profissional-paciente; humanização da assistência; e a palavra ‘vínculo’ associada ao descritor Sistema Único de Saúde. Selecionaram-se 290 estudos publicados entre 1990 e 2010. Por meio da análise temática, foram criados cinco núcleos de sentido: a relevância da confiança na relação profissional-usuário; sentimentos e sentidos na prática do cuidado; a importância da comunicação nos serviços de saúde; modo de organização das práticas em saúde; e (des)colonialismo. Identificou-se que as relações estabelecidas nas práticas de saúde têm uma dimensão transformadora. No entanto, permanece o desafio de humanizar os serviços de saúde. A enfermagem se destaca na produção do conhecimento nessa temática.

Palavras-chave : enfermagem; acolhimento; humanização da assistência; Sistema Único de Saúde.

Referência: SCHIMITH, Maria DeniseSIMON, Bruna SodréBRETAS, Ana Cristina Passarella  e  BUDO, Maria de Lourdes Denardin. Relações entre profissionais de saúde e usuários durante as práticas em saúde.Trab. educ. saúde (Online) [online]. 2011, vol.9, n.3, pp.479-503. 

Aluna: Juliana Aguiar Goulart